domingo, 31 de maio de 2020

REDAÇÃO PARA O 2* ANO



LEIA O CARTAZ A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTÕES PROPOSTAS NO CADERNO



1-Qual é o objetivo desse cartaz?
2-Que tipos de linguagens são usados no cartaz?
3-Que elementos visuais do cartaz podem indicar que ele faz parte de uma campanha institucional?
4-Como você interpreta a imagem do cartaz?

5-Releia a mensagem a seguir. Observe que ela é organizada em um período composto por duas orações: Defenda a vida, denuncie a homofobia.
a)Como as orações desse período estão separadas?
b)Qual a função dessas duas orações no texto?
c)A ordem dessas orações pode ser alterada sem prejuízo do sentido original do período? Explique.
VAMOS AO CONCEITO

Leia mais alguns exemplos de orações coordenadas:
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO



O período composto por coordenação apresenta simplesmente duas ou mais orações independentes. Dito de outra forma, uma oração coordenada não exerce uma função sintática em relação à outra oração do período.

Você pode estar se perguntando: mas por que juntar orações se elas são independentes? Isso acontece de acordo com a intenção do autor de um texto, que pode juntar duas ou mais orações em um período para que a somatória delas ajude a construir uma informação mais precisa e adequada ao seu propósito.

 

Exemplo: Os sócios discutiram o plano econômico, votaram o orçamento e encerraram a reunião.

 

No exemplo acima, as duas primeiras orações estão ligadas por uma vírgula, mas a terceira foi ligada à anterior com a conjunção e.

 

As orações coordenadas que não são ligadas por conjunções são chamadas de assindéticas.


Exemplo: A tempestade derrubou árvores, destelhou casas, alagou ruas.


As orações coordenadas iniciadas por conjunção são chamadas de sindéticas.

Há vários tipos de conjunções que podem iniciar uma oração coordenada. São as conjunções coordenativas


Vejamos as principais:

a)       Aditivas: e, nem, não só...mas também, não apenas... mas ainda etc.;
Exemplo: A tempestade derrubou árvores e alagou ruas.

b)       Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto etc.;
Exemplo: A tempestade derrubou árvores, mas não alagou ruas.

 c)    Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer etc.;
 Exemplo: A tempestade ora derrubava árvores, ora alagava ruas.

 d)    Conclusivas: logo, portanto, por isso, pois, de modo que etc.; 
Exemplo: Ele é mais forte, portanto tem mais chances de vencer a prova.

e)    Explicativas: pois, porque, que etc.
Exemplo: Ele tem mais chances de vencer a prova, porque é mais forte.

Porém, observe a seguinte frase:

Ex: Ele faz as compras e quem paga a conta sou eu.

Nesse período, o e, em vez de fazer a função de conjunção aditiva, equivale a mas, ou seja, tem função adversativa. 
Esse tipo de mudança de função acontece também com outras palavras, como um pronome pessoal que pode exercer função de pronome possessivo (Exemplo: Roubou-me o coração).

 Isso indica que para classificar uma oração coordenada não basta decorar os tipos de conjunções: é necessário analisar todo o período, percebendo as relações que ali se estabeleceram.

Fiquem atentos às relações entre orações coordenativas para desenvolver textos com bom nível de coerência e de coesão!

domingo, 17 de maio de 2020

Atenção 2* Ano!!! Hora de finalizar a redação!!!

Para alcançar nota 1000 na redação do Enem é preciso finalizar seu texto em grande estilo! 







Conclusão nota 1000 
A conclusão é o encerramento do texto, a parte em que as ideias que foram apresentadas ao longo da produção devem ser finalizadas.
Sabendo que a conclusão deve estar relacionada às ideias que foram discutidas nas outras partes do texto, ela deve ser planejada desde o início da produção textual, de modo a ter coerência com o restante do que foi dito.
No texto dissertativo-argumentativo, a conclusão, em geral, deve apresentar um apanhado das ideias debatidas anteriormente, ou seja, ela é construída por meio da síntese. As ideias que foram apresentadas ao longo do texto –  citadas na introdução e exploradas no desenvolvimento (ou argumentação) – devem ser retomadas, de modo a indicar os principais pontos da discussão realizada, com o objetivo de reafirmar a tese
Ou seja, todo esse movimento de síntese tem o intuito de relembrar qual é o ponto de vista defendido sobre certo tema e, assim, favorecer o mecanismo de persuasão do leitor do texto. Além disso, a conclusão deve propor uma solução para o problema em questão, mediante a elaboração de uma proposta de intervenção.
No ENEM, a proposta de intervenção, para alcançar a nota máxima, deve ser composta por quatro elementos: as ações necessárias para resolver o problema (o quê?), os agentes sociais responsáveis por elas (quem?), o modo de efetivar as medidas sugeridas (como?) e os efeitos esperados (para quê?).
Além de responder a essas quatro perguntas, ainda é esperado, para a nota máxima, que o candidato faça um detalhamento da proposta, falando mais sobre como as ações sugeridas farão efeito ou sobre como sua efetivação ocorrerá.
RESUMINDO:

Uma boa conclusão deve:

Ø  Reafirmar o posicionamento/ Tese
Ø  Relacionar-se ao assunto
Ø  Relacionar-se à tese
Ø  Apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos

Uma boa proposta de intervenção deve apresentar claramente os seguintes elementos:

Ø  Ação: o que deve ser feito de forma prática
Ø  Agente: quem irá executar a ação
Ø  Meio/Modo: estratégia para colocar em prática a ação
Ø  Efeito: qual será o impacto da ação na questão discutida

1) Ação interventiva – O QUE deve ser feito de forma PRÁTICA.
Seja direto, prático.Materialize essa ação de forma que pareça REAL e possível.

Exemplo:
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas, o qual promova palestras, (...)

Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que a Escola promova a formação de cidadãos que respeitem as diferenças e valorizem a inclusão, por intermédio (...)

CUIDADO COM A AÇÃO NULA

Ação interventiva –NULA

Não é possível colocar em prática, é apenas subjetiva.

Exemplos:
Portanto, é dever da família mudar os filhos para que não sejam preconceituosos (...)

Diante dos fatos mencionados, o governo, junto ao Ministério da Educação, devem resolver o problema da melhor forma possível e alterar essa realidade. (...)

É dever da escola ensinar o respeito às diferenças e não permitir o bullying. (...)
Todos devemos buscar mudanças, assim o mundo será melhor.


2)Agente –QUEM irá executar tal ação?

 Exemplo:
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, (...) Thaís Fonseca Lopes de Oliveira

Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que a Escola promova a formação de cidadãos (...). 

Além disso, é imprescindível que o Poder Público destine maiores investimentos à capacitação de profissionais da educação especializados (...) .

Ademais, cabe também ao Estado incentivar (...). Isabella Barros Castelo Branco, do Piauí

CUIDADO COM O AGENTE NULO

AGENTE NULO
O elemento sugerido não é possível de ser “materializado”. Não é prático ou direto.

Exemplos:
Todos devemos nos unir e lutar contra o preconceito.
As pessoas precisam mudar o jeito de pensar.
Ninguém se preocupa com o futuro do país.
Faça a diferença onde for!

Outros exemplos –Alguém, ninguém, alguns, uns, uns e outros, você; Nós, nós (oculto), alguns de nós, todos nós, a gente –desde que não especificados; Verbo no modo imperativo –desde que não haja vocativo.


3) Modo/meio–estratégia, como será colocada em prática? Por meio de qual ação? Esse elemento está interligado com a AÇÃO, é ele que revela se a sugestão é prática/concreta ou não.

Exemplo:

Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos. –(...).

Diante dos fatos supracitados,faz-se necessário que a Escola promova a formação de cidadãos que respeitem às diferenças e valorizem a inclusão, por intermédio de palestras, debates e trabalhos em grupo, que envolvam a família, a respeito desse tema, (...) 
Ademais, cabe também ao Estado incentivar a contratação de deficientes por empresas privadas, por meio de subsídios e Parcerias Público-Privadas,objetivando a ampliar a participação desse grupo social no mercado de trabalho. (...)


4) Efeito–para qual finalidade? Quem será beneficiado (sociedade)?Quais os RESULTADOS pretendidos com essa ação?

Exemplo:

Ademais, cabe também ao Estado incentivar a contratação de deficientes por empresas privadas, por meio de subsídios e Parcerias Público-Privadas, objetivando a ampliar a participação desse grupo social no mercado de trabalho. Dessa forma, será possível reverter um passado de preconceito e exclusão,narrado por Machado de Assis e ofertar condições de educação mais justas a esses cidadãos. (interligação com o 1º parágrafo).

Fique atento a algumas sugestões para a elaboração da proposta de intervenção.
  



Mais algumas dicas para fazer uma boa conclusão!!!



Assista mais um vídeo ⇓⇓⇓
Para dar um show na sua proposta de intervenção

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Um pouco mais sobre o ROMANTISMO

Para saber mais sobre a estética romântica assista ao vídeo no link abaixo ⇓⇓⇓

Romantismo: Conceitos e Contexto Histórico

Algumas obras representativas do Romantismo



Em algumas adaptações cinematográficas podemos conhecer um pouco sobre o Brasil do século XIX,  período no qual se desenvolveu o Romantismo.
Para saber mais assista ao filme Carlota Joaquina, princesa do Brasil




Agora vamos escrever um pouco!!!


Romantismo em Portugal
Romantismo no Brasil

segunda-feira, 4 de maio de 2020




ATENÇÃO 2* ANO,  FOCO NA REDAÇÃO!!!  


Qual a estrutura da redação Enem?

A estrutura da redação Enem segue o modelo do gênero textual dissertativo-argumentativo, que consiste na defesa de um ponto de vista por meio da discussão de argumentos e da análise crítica deles. Além disso, esse texto se caracteriza por sua estrutura dividida em introdução, desenvolvimento e conclusão.  
Então, pensando na importância de entender cada uma dessas partes, a seguir vamos falar um pouco mais sobre a composição delas para a estrutura da redação Enem. Confira!

 

1.Introdução

A introdução é aquele parágrafo inicial da sua redação que deve conter cerca de 5 linhas e tem o objetivo de contextualizar o leitor sobre o assunto que você discutirá ao longo do texto. 
 Confira algumas características importantes dessa parte:
a) Chame a atenção do leitor
Por ser o início do seu texto, vale lembrar que você deve aguçar a curiosidade do leitor, fazendo, assim, com que ele se interesse por continuar a leitura. 
Como na redação do Enem o corretor não possui a opção de deixar de ler, essa chamada de atenção serve para fazê-lo se interessar mais pelo seu texto. Afinal de contas, ele estará lendo milhares de redações sobre o mesmo assunto, então se destacar é chave fundamental para garantir uma nota boa.
Mas se você estiver se perguntando: como faço para chamar atenção?

Escolha citações, frases de efeito, definições, exemplos, alusões históricas ou dados que tornem a primeira frase do seu texto chamativa e interessante, instigando a leitura do restante da redação. 

b) Contextualize o tema
Agora que você já chamou a atenção do leitor, é hora de contextualizar a primeira frase com o tema proposto pela redação. É nesse momento que você explica a relação com o tema e já começa a introduzir qual será o ponto de vista defendido por você.
Ou seja, não adianta nada colocar uma frase de um filósofo famoso se você não conseguir relacioná-la com o assunto da redação. É preciso ter lógica e conexão!

c) Defenda uma tese 
Apesar de não precisar, necessariamente, aparecer na última frase do seu parágrafo introdutório, é importante que você deixe evidente qual será a tese defendida por você. Assim, fica claro para o corretor qual será o ponto de vista debatido ao longo da sua redação.
Mas cuidado, não confunda tema com tese. O tema é o assunto sobre o qual você discutirá e, a tese, é uma proposição sobre o tema, ou seja, é o seu posicionamento em relação a ele.

2. Desenvolvimento
Na estrutura da redação Enem, os próximos dois ou três parágrafos do seu texto devem ser dedicados ao desenvolvimento do seus argumentos, utilizando cerca de 7 linhas para cada.
Os parágrafos de desenvolvimento são aqueles em que você apresenta os argumentos que defendem a sua tese, com o objetivo de convencer o leitor a respeito do seu posicionamento. 
Mas lembre-se que vale mais desenvolver bem um argumento por parágrafo do que expor vários argumentos sem desenvolvê-los. 
Bem, veja alguns pontos importantes da estrutura da redação Enem no desenvolvimento:

a) Utilize um tópico frasal
O tópico frasal é responsável por introduzir a ideia central de um parágrafo. Então, da mesma forma que o seu texto apresenta uma introdução, desenvolvimento e conclusão, os parágrafos devem apresentar início, meio e fim. 
Por isso, esse tópico frasal será a ideia central do seu parágrafo, a partir dela você desenvolverá ideias secundárias relacionadas à principal.

b) Desenvolva o seu argumento
Depois de estabelecida a ideia central do seu parágrafo, é hora de desenvolvê-la com argumentos sólidos e verídicos que comprovem a sua tese. 
E, por se tratar de um texto dissertativo-argumentativo, você não deve apenas expor informações, mas sim analisá-las de forma crítica para convencer o leitor sobre elas e mostrar que você tem autoridade sobre aquilo que está abordando.

c) Conecte suas ideias 
Então, já que cada parágrafo deve ter a sua conclusão, você deve finalizá-lo conectando as ideias e mostrando o sentido delas terem sido discutidas.

3. Conclusão
Por fim, a conclusão é o parágrafo que finaliza a estrutura da redação Enem e deve conter, aproximadamente, 5 linhas. Aqui, você não deve mais abordar novos argumentos, mas sim relacionar, com a sua tese, aqueles que já foram expostos e propor soluções para os problemas abordados ao longo do texto de forma a concluir seu pensamento.
Alguns tópicos importantes desse parágrafo são:

a) Sintetize suas ideias 
Como a ideia do parágrafo de conclusão é concluir tudo o que foi abordado ao longo da redação, sintetizar a sua ideia principal é uma forma de começar a finalização do texto, conectando todas as suas ideias e garantindo a coerência da redação.

b) Faça propostas de intervenções detalhadas
A estrutura da redação Enem exige proposta de intervenção para o problema abordado no tema. Por isso, depois de introduzir o leitor ao parágrafo, você deve mostrar as intervenções que podem ser feitas para lidar com o problema. 
E, para receber uma pontuação boa na competência V dos critérios de avaliação desse Exame, é muito importante que você detalhe o agente, o que fazer, como fazer e a finalidade da medida. 

c) Finalize com “chave de ouro”
Da mesma forma que a introdução aguça a curiosidade do leitor, ou, nesse caso, do corretor, a continuar a leitura do seu texto, a conclusão deixa a impressão final sobre a sua redação.
E, pensando que é depois da conclusão que o corretor dará uma nota para a sua produção, é muito importante que essa impressão final deixe-o satisfeito com o seu texto. Ou seja, tente deixar o corretor “de boca aberta”.
Então, aqui é importante dar aquele toque final e mostrar que tudo o que você disse está conectado e possui uma lógica para estar ali. Além disso, é muito importante retomar a introdução, amarrando todas as pontas da sua redação.
VAMOS LÁ!!!  VOCÊ CONSEGUE!!!

ESTRUTURA DO PARÁGRAFO-PADRÃO

Como vimos, o parágrafo-padrão compõe-se de:
  •        tópico frasal ou frase-núcleo: contém a síntese da ideia central de todo o parágrafo.
  •       frases de desenvolvimento: são utilizadas para comentar, exemplificar, desenvolver, ampliar o tópico frasal.
  •       frases de conclusão: são utilizadas para fechar o parágrafo, arrematando a ideia.



A IMPORTÂNCIA DO TÓPICO FRASAL

O tópico frasal é de suma importância tanto para quem escreve quanto para quem lê o parágrafo.
      Para quem escreve, é importante para não “se perca” ao escrever, pois terá aquela ideia como base do parágrafo, evitando assim um aglomerado de ideias soltas. O tópico frasal será o seu “norte”.
      Para o leitor, é importante porque, ao iniciar a leitura do parágrafo tópico frasal, ele já sabe que ideia irá encontrar ao longo do parágrafo.

TIPOS DE TÓPICO FRASAL

Os principais tipos de tópico frasal são:

a) DECLARAÇÃO INICIAL: Faz-se uma declaração inicial, que será comentada em seguida.Ex:

“O conhecimento nasceu como uma extensão do corpo, para ajudá-lo a viver. O corpo sentiu dor, e a dor fê-lo usar a inteligência a fim de encontrar uma receita para por fim à dor. O corpo sentiu prazer, e o prazer fê-lo usar a inteligência a fim de encontrar uma receita para repetir a experiência de prazer. Esse é o início do conhecimento. Foi assim que nasceu a ciência.”(RUBEM ALVES. Folha de S. Paulo, 12.09.99.)


b) DEFINIÇÃO: É uma forma de iniciar parágrafos sobre termos que pedem uma ligeira conceituação.Ex:

O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto é, de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. É um modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou mesmo a construção cultural, mas que dão, também, as formas da ação humana.”(Maria Lucia Aranha, Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992, p. 62)

c) DIVISÃO: Usa-se um numeral ou um pronome indefinido no plural como vários, alguns, etc. O que se faz em seguida é apresentar as ideias como uma enumeração.Ex:

“O povoamento do sul do Brasil processou-se de dois modos diferentes: no litoral, pela vinda de colonos açorianos, que chegavam com algumas ferramentas, sementes, um pouco de dinheiro; no interior, pela chegada de famílias paulistas, que seguiam os caminhos do altiplano. O duplo aspecto do povoamento dará lugar a dois tipos de sociedade e dois tipos de economia.”(Roger Bastide, Brasil: Terra de Contraste)

d) ALUSÃO HISTÓRICA: Utiliza-se algum fato histórico como ponto de partida para desenvolver o parágrafo.Ex:

“Após a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de competição. Preparou-se o terreno para a construção da chamada aldeia global.”(Antonio Carlos Viana)

e) INTERROGAÇÃO (PERGUNTA): Inicia-se o parágrafo com uma pergunta que desperta a reflexão do leitor. A pergunta não é respondida de imediato, mas ao longo da argumentação.Ex:

Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os contribuintes já estão cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece não ter fim. A cada ano, o cidadão é lesado por novos impostos para alimentar um sistema que só parece piorar.”(Antonio Carlos Viana)

f) ADJETIVAÇÃO: O uso de dois ou mais adjetivos servem de base para a argumentação.Ex:

“O atual e crescente interesse pelo canto gregoriano é notável e compreensível. Notável porque se dá numa época em que tudo o que está na moda tem de ser barulhento e acelerado; compreensível porque nenhuma outra música proporciona uma sensação de tranquilidade e paz interior tão profunda. Os cantos tranquilizadores conquistaram o mundo em busca de uma nova espiritualidade.”(Encarte do CD Vozes da tranquilidade, Reader’sDigest Música)

g) CITAÇÃO: Inicia-se o parágrafo com a citação de alguma frase interessante dita por alguém renomado.Ex:

“Todo brasileiro é mestiço. Se não no sangue nas ideias.” A observação é Sílvio Romero, e foi feita há cerca de um século. De fato, o material de que se alimenta a vida espiritual de todos os brasileiros provém de fontes étnicas muito diversas e muito misturadas. Tradições culturais europeias se cruzam com raízes africanas e matrizes indígenas, antes de receberem influências asiáticas, sobretudo através da imigração japonesa. A riqueza (a universalidade) de uma cultura nacional depende de muitos fatores. E depende, decisivamente, de sua capacidade de saber assimilar a diversidade das experiências humanas que lhe chegam, através dos mais distintos caminhos.
(Leandro Konder, O Globo, 11 out. 1992.)