O foco agora é a Introdução!!!
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A
partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os
desafios do necessário isolamento social no Brasil em casos de pandemia”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Por
que durante a pandemia há recomendação para isolamento social?
Para
entendermos isso, precisamos primeiramente entender o conceito de R0, que é o
número básico de transmissão, desse modo, quantas pessoas um infectado
contaminará. No caso da COVID-19 (CoronaVirus Disease – 19), o R0 básico é
estimado entre 2,5 e 3. Dessa forma, para cada pessoa infectada, outras 2,5 a 3
serão infectadas. Isto leva a uma progressão bem rápida, em torno de 60.000
casos em 2 meses, e 14.551.915 em 3 meses. Considerando que a doença seja
transmissível no quinto dia pós-contágio.
Outro
problema é que, como se trata de um novo vírus, praticamente toda a população
mundial é suscetível à infecção. Como não possuímos vacina (reduziria o número
máximo de pessoas que poderiam ser infectadas e reduziria o R0) ou medicamento
curativo para a COVID-19, nossa única alternativa é o isolamento social. O
isolamento social reduz o R0, pois, cada pessoa, tendo contato com um número
menor de outras pessoas, infecta menos pessoas. Com isso, há redução importante
na velocidade de propagação da doença e, também, com menos pacientes graves ao
mesmo tempo, possibilitando que o sistema de saúde consiga lidar com a chegada
de novos casos.
Se
com o isolamento social conseguirmos reduzir o R0 para ao redor de 1, ou seja,
se cada infectado contaminar apenas 1 outra pessoa, o sistema de saúde
conseguirá lidar de forma muito melhor com a pandemia. Apenas para comparação,
o R0 da “gripe suína” (H1N1) antes da vacinação em massa das pessoas era de 1,4
a 1,6. E o sarampo, doença extremamente contagiosa, apresenta um R0 entre 12 e
16, embora haja alguns estudos com valores ao redor de 18.
Disponível
em: https://cucohealth.com/2020/04/03/isolamento-social-e-distanciamento-saiba-a-importancia-na-pandemia/ (Adaptado)
TEXTO II
“Se
não morrer desse vírus, morro de fome”, diz ambulante de 65 anos
“Quer
sorvete, meu filho?”, pergunta José Maria, de 65 anos, a todos os pacientes que
entram e saem da Unidade de Pronto Atendimento da Lapa, na zona oeste de São
Paulo. Abordado pela reportagem, ele ri e diz que está “até cansado” de tanto
perguntar a mesma coisa —José trabalha como vendedor de sorvete no estacionamento
do hospital há 30 anos. Parte do grupo de risco do covid-19, o vendedor afirma
não ter medo de contrair a doença e que não lhe sobram muitas opções senão
trabalhar todos os dias. “O que você quer que eu faça? Se não morrer desse
vírus, morro de fome. Não posso parar de trabalhar”.
A
rotina não envolve apenas contato com pessoas que podem estar infectadas, mas,
também, quatro viagens de ônibus por dia: ele sai às 8h de Perus, na zona norte
de São Paulo, e chega em casa por volta das 22h. “Pelo menos, por causa desse
vírus aí que eu nem sei falar o nome, os ônibus estão vazios. Pego dois para ir
e dois para voltar. Quando estão muito cheios, é bastante difícil passar com
esse carrinho. Agora, está mais tranquilo”, conta à reportagem. A rotina de Perus
até a Lapa acontece de segunda-feira a sábado. Aos domingos, ele conta, José
vende tempero baiano no bairro em que mora. “O senhor é baiano, José?”,
pergunta o UOL. “Não, sou cearense. Vim para São Paulo em 1976 e nunca mais
voltei para o Ceará, acredita?”. O motivo da falta de visita à cidade natal é
claro: José perdeu a mãe aos sete anos e, desde então, tudo perdeu a graça. “Se
minha mãe fosse viva, ela estaria aqui comigo. Eu teria dado um jeito de
trazê-la para cá, pode acreditar. Ela morreu com câncer no seio. Desde então,
ficou tudo muito chato. Mesmo depois de me casar e depois de ter um
filho”
O
trabalho com vendas de sorvete rende a José, em média, R$ 400 mensais “isso se
o tempo estiver bom”. “Quando faz frio, aí já era, ninguém quer comprar. Agora
está complicado: por causa desse vírus, as vendas caíram muito. O movimento
aqui no hospital, também. Quero só ver como vai ser daqui para frente”, afirma.
Por causa disso, o vendedor alterna o local das vendas todos os dias. Fica no
hospital até as 14h e, a partir das 15h, faz suas vendas na Rua Cerro Corá,
também na Lapa. “Fico andando para lá e para cá na Cerro Corá até a noitinha.
Aí tento ganhar mais dinheiro”. Poucos meses atrás, o cearense intercalava a
venda de sorvetes —hoje, os sabores que se aninhavam no carrinho eram açaí e
graviola—, com o trabalho de pedreiro. No entanto, além de duas lesões no
joelho, José descobriu esporão nos dois calcanhares. “A sensação é tipo pisar
em um monte de espinho, dói muito. Não consegui mais trabalhar em obra”. Para
caminhar, ele investiu R$ 65 reais em um chinelo de borracha, ao qual ele
acoplou um saltinho de plástico, na tentativa de amenizar a dor. “A gente vai
dando um jeito, né, só não pode parar”.
Disponível
em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/03/22/se-nao-morrer-desse-virus-morro-de-fome-diz-ambulante-de-65-anos.htm (Adaptado)
TEXTO III
Atenção: Pesquisem em fontes confiáveis sobre o assunto e escrevam a introdução da sua redação.
Atentem para as exigências do uso do português padrão, contextualização do tema e apresentação da tese.
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